30 de janeiro de 2011

Atlas Shrugged - Objectivismo

Antes de virar filósofa a tempo inteiro, Ayn Rand escreveu um ensaio sobre a sua filosofia. Este ensaio foi entregue na forma de um romance de 1300 páginas de nome Atlas Shrugged.

A primeira vez que ouvi falar no Atlas Shrugged foi neste post do Gevlon (o blog está em inglês), em que ele menciona o tema central do romance, a Greve dos "Men of the Mind". A ideia intrigou-me e encomendei o livro para o ler. Desde que o recebi que o tenho estado a ler, tendo apenas feito uma pausazinha para experimentar o Kindle.

Ainda não acabei o livro*, mas aponto aqui os pontos da história que até agora me marcaram mais:

  • A luta frustrante (da protagonista da história) contra a incompetência generalizada da sociedade
  • A queda da 20th Century Motor Company -- From each according to their ability, to each according to their need (de cada um conforme as suas capacidades, para cada um conforme as suas necessidades)
  • A greve da mente
  • Filosofia de troca entre iguais
  • Dicotomia "produtores/sanguessugas"
Espero em breve conseguir articular um post sobre cada um destes pontos descrevendo-os em detalhe e como afectaram o meu pensamento.

Apenas para tentar expor o que até agora percebi da filosofia da Ayn Rand que foi obtido quase exclusivamente a partir da leitura deste livro e de uns poucos vídeos de entrevistas no youtube, o ponto fulcral da filosofia prende-se na satisfação dos desejos próprios. O que a Rand defende é que cada pessoa deve perseguir os seus objectivos, deve tentar ser feliz. E que o deve fazer sem exigir que outras pessoas abdiquem da sua própria felicidade para o seu bem. As palavras usadas em Atlas Shrugged para incorporar esta filosofia são: "I swear - by my life and my love of it - that I will never live for the sake of another man, nor ask another to live for mine".

O Objectivismo é especialmente interessante porque se apresenta como o que os Criacionistas como o Perspectiva (comentador frequente do blog do Ludwig Krippahl) dizem ser impossível num mundo sem Deus: um código moral baseado na razão. Embora eu ainda esteja bastante longe de subscrever totalmente o Objectivismo, este mostra-nos que pelo menos é concebível um código moral sem que as regras sejam baseadas em algo que foi escrito em pedra por um ser misterioso.

Devo dizer que seria capaz de subscrever à premissa base: Poderia jurar não viver para o bem dos outros, nem exigir que outros vivam para o meu bem.

* Por acaso entre o primeiro rascunho deste texto e a sua publicação até já acabei de ler o livro.

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